Nova forrageira é ideal para uso em sistemas de Integração-Lavoura-Pecuária

Cultivar da Embrapa apresenta maior habilidade competitiva durante o estabelecimento da pastagem

Uma nova cultivar de ervilhaca (Vicia sativa L.) agrega produtividade e sustentabilidade à pecuária de corte no País. Desenvolvida em parceria entre a Embrapa, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Associação Sul-brasileira para o Fomento de Pesquisa em Forrageira (Sulpasto), a URS BRS Presilha é uma cultivar forrageira com grande potencial para compor sistemas de integração Lavoura-Pecuária (ILP), tanto em pastejo, quanto na cobertura do solo. Isso porque a espécie é uma leguminosa anual de clima temperado, em contraponto à maioria dos trevos, cornichão e alfafa, que são perenes.

“Isso ajudou a posicionar a ervilhaca principalmente em áreas de integração Lavoura-Pecuária, onde até hoje os produtores relutam em investir em espécies forrageiras perenes pelo fato da rotação anual das pastagens com culturas agrícolas”, explica o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul Daniel Montardo, um dos responsáveis pelo desenvolvimento da cultivar.

Outra característica que potencializa o uso da espécie em sistemas integrados é o fato de possuir as maiores sementes entre as leguminosas forrageiras de clima temperado usadas no Sul do Brasil. Isso confere à espécie maior habilidade competitiva durante o estabelecimento da pastagem, bem como maior facilidade de implantação e distribuição das sementes, mesmo em sobressemeadura em áreas de pastagens perenes de verão, como tifton e bermudas em geral, e até mesmo sobre cultivares de menor porte de panicum e braquiária.

Daniel Montardo/Embrapa

“Ela se encaixa em diferentes sistemas de produção, como cobertura verde durante o inverno, em áreas de rotação de culturas. Ela também apresenta bom rendimento quando consorciada com pastagens cultivadas de inverno. Pode ainda ser introduzida no campo nativo para incrementar a produção durante o inverno e a primavera. A cultivar pode ser consorciada, introduzida ou sobressemeada em pastagens cultivadas de verão, por exemplo, sobre tifton. Isso significa que mostra bom desempenho em sistemas produtivos baseados em pastagens de verão e de inverno”, destaca o professor da UFRGS e um dos desenvolvedores da cultivar, Miguel Dall’Agnol.

:: Outras vantagens da URS BRS Presilha

Além de estratégica para os sistemas de ILP, a URS BRS Presilha apresenta elevada produção de forragem, boa sanidade, tolerância ao pastejo, boa capacidade de rebrote, e vigor inicial, o que lhe confere habilidade competitiva, além de adaptação a diferentes condições edafoclimáticas.

A nova cultivar de ervilhaca apresenta, ainda, bons teores de proteína e capacidade de fixar nitrogênio atmosférico no solo, a partir da simbiose com bactérias do gênero Rhizobium, sendo mais adaptada a solos bem drenados.

A habilidade competitiva da URS BRS Presilha também permite a sua utilização em consórcios com outras forrageiras de inverno, como aveia e azevém. Além disso, é um componente importante em mixes de cobertura, nos quais é capaz de incorporar nitrogênio e auxiliar na estruturação do solo por meio de um sistema radicular vigoroso e diversificado em relação às gramíneas.

Outras características importantes são a maior tolerância a déficits hídricos e a menor propensão a causar problemas de timpanismo (acúmulo de gases) nos animais, quando comparada a outras leguminosas forrageiras.

Claudio Lopes e Cesar Grinke, presidente e membro do Conselho de Administração da Sulpasto, respectivamente, reforçam a melhor produtividade da URS BRS Presilha e, além dos sistemas já citados, destacam a possibilidade de uso da cultivar na fruticultura, incorporando nitrogênio e protegendo o solo, com sua palhada resistente e lenta decomposição. Segundo Lopes, a parceria com a UFRGS e Embrapa contribui para a aceitação da nova forrageira pelo setor produtivo. “Nós, produtores de sementes, temos percebido que a Presilha é um material diferenciado. Há muito espaço para a ervilhaca no mercado e a nova cultivar garante mais qualidade e melhor desempenho no campo”, complementa Grinke.

:: Presilha e a sustentabilidade dos sistemas agropecuários

Aumentar o uso de leguminosas é fundamental para a sustentabilidade dos sistemas integrados de produção, compondo pastagens mais diversificadas, mixes de cobertura e sistemas de rotação de culturas. “A demanda por sementes de leguminosas como a ervilhaca, e, por consequência, a sua produção têm se mostrado crescentes nos últimos anos. No entanto, até o momento, ainda existem poucas cultivares de ervilhaca disponíveis no mercado. Nesse sentido, o lançamento de uma nova variedade contribui para atender uma necessidade real e muito importante dos produtores da região Sul do Brasil”, finaliza Montardo.

“Além do selo de qualidade da UFRGS e da Embrapa, a URS BRS Presilha é resultado da integração entre ciência e setor produtivo de sementes, representado pela Sulpasto”, finaliza Dall’Agnol.

:: Lançamento

A nova cultivar de ervilhaca será lançada durante a Expodireto Cotrijal 2025, que acontece de 10 a 14 de março, em Não-Me-Toque, RS. Realizada desde o ano 2000, é uma das maiores exposições agropecuárias do estado. A Embrapa participa todos os anos do evento, que recebe mais de 300 mil pessoas do Brasil e exterior, para conhecer as novas tecnologias do agronegócio mundial.

 

Caravana ILPF encerra 2024 com atividades no Maranhão e Pará compartilhando práticas e tecnologias sobre os sistemas integrados.

Entre os dias 3 e 5 de dezembro a Caravana ILPF avança para uma nova etapa, levando conhecimento técnico e científico para as cidades de Imperatriz (MA), Brejo Grande do Araguaia (PA) e Marabá (PA). A iniciativa, promovida pela Rede ILPF e Embrapa, com o apoio das empresas associadas Bradesco, Cocamar, John Deere, Minerva Foods, Soesp, Suzano, Syngenta e TimacAgro, visa fortalecer a adoção do sistema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), como uma solução sustentável e economicamente eficiente para a agropecuária brasileira.

Durante a expedição, pesquisadores da Embrapa e especialistas das empresas associadas conduzirão dias de campo, visitas técnicas e palestras para produtores rurais, representantes do governo, empresários, profissionais do setor e estudantes. O objetivo é compartilhar práticas e tecnologias que incentivem o uso da ILPF, integrando sustentabilidade e rentabilidade.

Atualmente o país tem uma área estimada de 17,4 milhões de hectares com alguma modalidade de ILPF.

ESG e ILPF
A integração-lavoura-pecuária-floresta (ILPF) é uma estratégia de produção que integra sistemas produtivos, agrícolas, pecuários e florestais dentro de uma mesma área. Pode ser feita em cultivo consorciado, em sucessão ou em rotação, de forma que haja benefício mútuo para todas as atividades.  Entre os principais benefícios estão:
Ambientais
Ciclagem de nutrientes; Bem-estar animal; Conversão de pastagens degradadas; Mitigação de GEE; Manutenção e aumento da biodiversidade; Conservação do solo, preservação das nascentes e cursos d’água; Flexibilidade para adequação nos diferentes biomas.
Sociais
Aplicável para pequenas, médias e grandes propriedades; Melhora do IDH; Geração de emprego e renda; Efetivação de mão de obra; Estudo e qualificação profissional; Melhorias de condições de trabalho.
Governança
Gestão da propriedade; Qualificação da mão de obra; Eficiência de utilização dos recursos naturais; Agregação valor aos produtos; Reduçãde custo com insumos; Aumento da produtividade e diversifica da produção.

Caravana ILPF em números:
As atividades iniciaram em 2022, com 8 edições realizadas em 48 cidades, abrangendo mais de sete mil quilômetros e impactando diretamente 3.600 pessoas. Ao todo, foram promovidas 68 atividades nos estados do ES, BA, PR, SP, MS, MA, PI, MG, GO, MT e RS.

Programação:
-Dia – 3/12 às 18h
Painel de Debates – Imperatriz – MA
Tema: “Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) no Maranhão: Potencialidades e Desafios
do Componente Florestal para Sustentabilidade e Produtividade”
Local: Auditório do Imperial Hotel
Endereço: Rod, BR-010, 100 – Jardim São Luís, Imperatriz – MA

-Dia – 4/12 às 8h
Visita Técnica – Brejo Grande do Araguaia -PA
Tema: “Da Mata à Floresta: Como a Fazenda Ouro Verde Transforma a Pecuária Sustentável
no Sul do Pará”
Local: Fazenda Ouro Verde
Endereço: Rod. Transamazônica KM 85 – Vicinal do Tabocão 13 KM até a Sede, Brejo Grande do
Araguaia – PA

Sobre a Fazenda:
A Fazenda Ouro Verde, localizada no sul do Pará, em Brejo Grande do Araguaia, um testemunho da interação entre a natureza e a atividade humana ao longo dos anos. Desde seu primeiro documento em 1960 a propriedade se destaca por sua contribuição ao desenvolvimento da
região, mostrando importância da preservação ambiental e o respeito pela biodiversidade local. O processo da atividade silvipastoril, ou a integração entre a pecuária e a floresta, iniciou em 2014 em parceria com a Suzano passando rapidamente para uma abordagem sustentável que visa otimizar a produção de carne ao mesmo tempo em que promove a recuperação do solo e a conservação ambiental, saindo de uma monocultura e diversificando a produção.

-Dia – 5/12 às 18h
Painel de Debates – Marabá PA
Tema: “ILPF em Marabá: Caminhos para uma Pecuária Sustentável e Rentável no Sul do
Pará”
Local: Auditório do Inácio’s Plaza Hotel
Endereço: Rod. BR 230, S/N – Folha Industrial – Cidade Nova, Marabá – PA

Link de inscrições:

https://forms.office.com/r/UcE87V416S

Assessoria de Imprensa:
Isabel De Agostini (61) 99276-9957
RP 008088 JP

Rede de Agricultura de Precisão completa trilogia com livro focado em pesquisas na era digital.

Considerado pela presidente da Embrapa Silvia Massruhá como um divisor de águas, o terceiro livro da Rede de Agricultura de Precisão da Embrapa e instituições parceiras traz como novidade os resultados de estudos sobre o uso de agricultura de precisão e digital na pecuária e em sistemas integrados, como Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). “Agricultura de Precisão: Um Novo Olhar na Era Digital” será lançado nesta segunda-feira, 25, às 15h30, no Ribeirão Shopping, em Ribeirão Preto (SP), no Congresso Brasileiro de Agricultura de Precisão e Digital (ConBAP).

Realizado pela Associação Brasileira de Agricultura de Precisão e Digital (AsBraAP), a 10ª edição do ConBAP segue até o dia 27 com o tema central focado em tecnologias para uma agricultura sustentável e de alta performance.

Esta edição do livro, que fecha a trilogia da Rede AP, reúne resultados expressivos alcançados em pesquisas desenvolvidas nas principais cadeias produtivas do agro brasileiro e em diferentes biomas nos últimos 15 anos. Apoiado pela Câmara Temática de Agricultura Digital da Rede ILPF, a obra oferece suporte a professores, pesquisadores, estudantes de pós-graduação e graduação, produtores e prestadores de serviço do setor agrícola, e demais interessados no tema.

Para a presidente da Embrapa, ao reunir tecnologias e resultados efetivos, obtidos na aplicação de agricultura de precisão e digital no cultivo de grãos, plantas perenes e na pecuária, a obra será de utilidade extrema para diferentes públicos.

“Este livro, na forma como seu conteúdo está magistralmente organizado e apresentado, surge como um divisor de águas no tema e será fundamental para renovar os laços de ciência e empreendedorismo, pilares que sustentam a eficiente e competitiva agricultura brasileira há décadas”, afirma a presidente em texto de apresentação no livro.

Avanço do conhecimento

Com o objetivo de apresentar os resultados de pesquisa da Rede AP e instituições parceiras, o livro com 600 páginas conta com 90 capítulos distribuídos em cinco seções – culturas anuais, perenes, pecuária, sistemas integrados e tecnologias. São cerca de 300 autores de 20 instituições, públicas e privadas, nacionais e internacionais, que durante dois anos atuaram em diversas frentes de trabalho para dar forma e materializar a obra disponível on-line e gratuitamente aqui.

O pesquisador da Embrapa Instrumentação, Luís Henrique Bassoi, um dos membros do comitê editorial do livro, lembra que o uso da agricultura digital junto com a agricultura de precisão avançou muito desde o segundo livro.

“A publicação atual apresenta pesquisas realizadas no formato on-farm (o experimento ocorre em áreas de produção) em cultura de algodão, milho, soja, trigo, cana-de-açúcar, pastagem, videira, macieira, bem como metodologias, tecnologias habilitadoras e portadoras de futuro com potencial disruptivo, que contribuem para a gestão da variabilidade das propriedades brasileiras, elevando-as a um novo patamar de produção, de forma sustentável”, diz .

Além de Bassoi, o comitê editorial do livro publicado pela editora Cubo é composto pelos pesquisadores Carlos Manoel Pedro Vaz, Lúcio André de Castro Jorge, Ricardo Yassushi Inamasu (Embrapa Instrumentação, São Carlos/SP); Alberto Carlos de Campos Bernardi (Embrapa Pecuária Sudeste, também de São Carlos); João Leonardo Fernandes Pires (Embrapa Trigo, Passo Fundo/RS) e Luciano Gebler (Embrapa Uva e Vinho, Bento Gonçalves/RS).

Pertinência do olhar digital

O professor do Departamento de Engenharia de Biossistemas da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq), José Paulo Molin, que assina o prefácio da obra, diz que é muito pertinente esse olhar para a era digital, pois a agricultura de precisão, que produziu as primeiras inserções digitais no campo, depende fortemente dos avanços nas soluções digitais para alavancar práticas de campo ao mesmo tempo mais assertivas e escaláveis.

“A obra contempla e destaca essa transição e ao mesmo tempo, convenientemente, mantém aqueles agrupamentos (tecnologias, culturas anuais, culturas perenes) e avança em novas frentes”, reforça o professor.

Trabalho em rede

Em uma década e meia, os três livros produzidos pela Rede de Agricultura de Precisão da Embrapa e instituições parceiras, criada em 2009 e composta por universidades, empresas privadas, fundações, institutos de pesquisas e centros da própria Embrapa, apresentaram mais de 200 estudos desenvolvidos em campos experimentais com culturas perenes e anuais, distribuídos pelo território nacional. As obras somaram mais de 1500 páginas e geraram uma ampla base de conhecimento no tema, disponíveis gratuitamente.

O trabalho em rede enfrentou desafios, antecipou tendências, contribuiu para disseminar o conceito da agricultura de precisão (AP) e impulsionou a adoção da técnica entre produtores brasileiros, que deixaram de ver a propriedade como um campo uniforme, para enxergar as diferenças em cada talhão.

“Assim, com a incorporação da AP, produtores rurais passaram a aplicar insumos de forma racional, para reduzir custos, riscos de degradação ambiental e aumentar a produtividade, como mostrou estudos recentes em culturas de milho e algodão. Em fazendas de Mato Grosso e Paraná, a recomendação de semeadura em taxa variável gerou ganhos de produtividade de até 8%, no milho, e 3%, no algodão”, afirma o chefe-geral da Embrapa Instrumentação, José Manoel Marconcini.

Ele lembrou que obra “Agricultura de Precisão: Um Novo Olhar na Era Digital”, que fecha a trilogia, iniciada em 2011 com o livro “Agricultura de Precisão um Novo Olhar”, seguido pelo livro “Agricultura de Precisão Resultados de um Novo Olhar”, de 2014, é um marco na história de 40 anos da Embrapa Instrumentação, a serem completados no dia 18 de dezembro.

“O tema é de extrema importância para o desenvolvimento da agricultura brasileira, pois incorpora resultados de pesquisa com tecnologias avançadas em drones, automação, geoprocessamento, irrigação de precisão, entre outras que contribuem para mantermos a produtividade da agricultura brasileira”, reforça.

Joana Silva (MTb 19554)
Embrapa Instrumentação

Contatos para a imprensa

Telefone: (16) 2107 2901 / 9.99946160

Contextos práticos e econômicos da Integração Lavoura Pecuária (ILP): Saiba como o uso da tecnologia pode ajudar no monitoramento rural para diversas finalidades.

Participe dos eventos do SustentAgro e contribua para a sustentabilidade Agropecuária.

O projeto SustentAgro executado pela Rede ILPF e financiado com recurso do Land Inno-vation Fund (LIF), atua no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás para levar sustentabilidade para a cadeia produtiva da soja por meio dos Sistemas de Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF).

Nos próximos 14 meses do Projeto, serão diversas ações para levar informação aos produtores rurais e profissionais do segmento com o objetivo de difundir a ILPF em diversos contextos, com foco em sustentabilidade e produtividade.

Como parte destas atividades está a Roda de Conversa e o Lançamento do aplicativo ILPF digital no próximo dia 11 de abril em Campo Grande MS.

Veja os detalhes do evento:

Roda de Conversa: “Integração Lavoura-Pecuária como uma alternativa sustentável”.

o Dr. Rodrigo Amorim Barbosa – Pesquisador da Embrapa Gado de Corte – Atua na área de avaliação de novos materiais forrageiros para melhoramento genético de gramíneas tropicais e na área de manejo de pastagens como foco em estratégias para aumentar a produtividade e a sustentabilidade dos sistemas de produção ani-mal em pasto.

o Dra. Mariana de Aragão Pereira – Pesquisadora da Embrapa Gado de Corte. Atua na área de Economia e Administração Rural, com ênfase em sistemas de produção e custos em pecuária de corte, sistemas integrados lavoura-pecuária-floresta

(SLFS), tomada de decisões, adoção e impacto de tecnologias e gestão agrícola, incluindo o desenvolvimento de ferramentas gerenciais.

o Dr. Edson Luis Bolfe – Pesquisador Embrapa Agricultura Digital. Atua em projetos de pesquisa envolvendo temas como a dinâmica de uso e cobertura das terras, senso-riamento remoto, mapeamento e monitoramento agrícola e ambiental.

o Dra. Margareth Simões – Pesquisadora da Embrapa Solos. Grande experiência em Geoinformática com ênfase em Sensoriamento Remoto, Análise Espacial, Ciência de Dados, Business Intelligence aplicado à agricultura digital, monitoramento/plane-jamento ambiental, Mudança de Uso da Terra (LUC) e Modelagem de Uso da Terra (LUM).

Lançamento do aplicativo ILPFdigital.

App ILPFdigital: Integrante da plataforma ILPFdigital o app é gratuito e foi concebido para mapear a adoção de sistemas ILPF nas mais diversas regiões produtoras do Brasil. Este App foi desenvolvido em parceria entre a Câmara de Agricultura Digital da Rede ILPF, Pro-jeto SustentAgro e GeoABC+ (Embrapa Solos). O público-alvo do app é formado de produ-tores, técnicos de agências de extensão rural, parceiros e profissionais das empresas As-sociadas da Rede ILPF.

A partir dos dados inseridos, os usuários do app podem otimizar a gestão da informação da produção por talhão, bem como contribuir para o mapeamento do avanço dos sistemas ILPF no país.

Os dados de campo coletados pelo aplicativo são imprescindíveis para o treinamento dos algoritmos de aprendizado de máquina da metodologia do GeoABC+.

Portal-web: Os dados agregados e anonimizados poderão ser disponibilizados no Portal-web, que estará dentro do site da Rede ILPF (em uma aba específica). Os gráficos, estatís-ticas e mapas contidos neste website poderá ser acessado pelos diversos setores da soci-edade civil organizada, produtores rurais, academia e pesquisa, imprensa, membros da Rede ILPF. Vai ser muito útil também para políticas públicas de Agricultura de Baixa Emis-são de Carbono (ABC) estaduais e federais, visto que será possível encontrar tendências das modalidades mais usadas, e o crescimento ou retração dos sistemas em determinada região/estado. Vale reforçar que os dados fornecidos por um produtor individualmente não poderão ser vistos pelo site, pois as informações do site estarão anonimizadas e agrega-das por município/estado, apresentadas por meio de mapas, gráficos e estatísticas.

Sobre ILPF

A ILPF é uma tecnologia de produção agropecuária com grande potencial de mitigação de emissões de gases de efeito estufa e sequestro de carbono pelo solo e biomassa, diversifi-cação de cultura e aumento da produtividade. A implementação dos sistemas ILPF varia de acordo com as características de cada região.

Atualmente o Brasil tem 17,4 milhões de hectares com algum tipo de integração de ILPF. Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, lideram a lista dos Estados com maior área de sistemas integrados. Veja aqui

Metas

A Rede ILPF tem o propósito de ampliar essa área para 35 milhões de hectares até 2030, além de diversificar os sistemas de produção e aumentar a representatividade do compo-nente florestal nesses sistemas.

Dessa forma, a ILPF irá contribuir para o alcance das metas apresentadas pelo Brasil em sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) ao Acordo de Paris durante a COP21 e reforçadas pelo Programa ABC+ do MAPA e os compromissos assumidos na COP.

Sobre a Rede ILPF

A Associação Rede ILPF é uma parceria público privada formada e cofinanciada pelas em-presas Bradesco, Cocamar, John Deere, Minerva Foods, Soesp, Syngenta, Suzano, Timac Agro e pela Embrapa e tem como propósito contribuir para o aumento da produtividade de forma sustentável na agropecuária.

A Rede ILPF apoia uma rede com 16 Unidades de Referência Tecnológica (URT) e 12 Uni-dades de Referência Tecnológica e de Pesquisa (URTP), distribuídas entre os biomas bra-sileiros e envolvendo a participação de 22 Unidades de Pesquisa da Embrapa, além de de-senvolver projetos em diversos estados brasileiros.

Saiba mais www.redeilpr.org.br

Sobre o Land Innovation Fund

Um fundo de inovação criado para buscar soluções para um dos maiores desafios da atua-lidade: o desmatamento. Inicialmente financiado pela Cargill e administrado pela Chemo-nics International, a inciativa apoia o design, o desenvolvimento e a entrega de soluções inovadoras para uma agricultura sustentável e climaticamente inteligente, livre de desmata-mento e conversão de vegetação nativa em três dos biomas prioritários da América do Sul: o Cerrado, o Gran Chaco e a Amazônia.

Saiba mais https://www.landinnovation.fund/

Sobre o evento | 11 de abril, às 19h, Cocamar – Campo Grande, MS.

Rede ILPF lança edital de prêmios de jornalismo e de fotografia

A Associação Rede ILPF lançou os editais da 3ª edição do Prêmio Rede ILPF de Jornalismo e da 2ª edição do Prêmio Rede ILPF de Fotografia. Desta vez os prazos para inscrição se encerrarão mais cedo, com a premiação ocorrendo em março, durante o Encontro Técnico de ILPF, em Caldas Novas (GO).

Os dois prêmios terão como tema “Sistemas ILPF, intensificação sustentável por meio das tecnologias agropecuárias”.

O prêmio de jornalismo contará com cinco categorias, sendo uma para reportagens escritas, outra para reportagem em áudio, outra para reportagem em vídeo, além de uma específica para veículos estrangeiros e uma quinta para profissionais das instituições associadas à Rede ILPF.

Já o prêmio de fotografia terá três categorias. Uma delas é aberta a qualquer pessoa, seja fotógrafa profissional ou amadora. Outra é destinada à fotojornalistas, com fotografias veiculadas na imprensa. A terceira é destinada a profissionais das instituições associadas. Podem concorrer até mesmo fotos tiradas com celular, desde que tenham a resolução mínima definida pelo edital.

As inscrições poderão ser feitas de 1º de fevereiro a 1º de março, no site www.ilpf.com.br. Poderão ser inscritas reportagens veiculadas a partir de 29 de maio de 2022 e que não tenham sido inscritas nas edições anteriores do prêmio. Já as fotografias poderão ser inscritas quaisquer fotos, desde que não tenham sido inscritas na primeira edição.

Confira os editais em https://redeilpf.org.br/editais/.

Mais de 100 técnicos da extensão rural iniciam capacitação em ILPF no estado de São Paulo.

Com 6,5 milhões de hectares ocupados por pastagens, em mais de 270 mil propriedades, o Estado de São Paulo tem 20% dessa área degradada e 60% em estágio inicial de degradação*. Para mudar esse cenário, mais de 100 técnicos da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) iniciaram uma capacitação continuada em sistemas de produção Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). A iniciativa busca ampliar em cerca de 1 milhão de hectares a área de integração no Estado até 2030.

Com apoio da Associação Rede ILPF e da Embrapa, o projeto para a restauração da capacidade produtiva dessas áreas, por meio de sistemas integrados, teve início nessa segunda-feira, 19 de setembro.

Para o chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Pecuária Sudeste, André Novo, a instituição não pode ficar longe da extensão rural. “Temos bastante proximidade com os técnicos. Eles são a nossa ponte com o setor agropecuário. Sem a extensão rural, as pesquisas não chegam até os produtores”, destacou André durante a abertura on-line da primeira etapa da capacitação.

A diretora executiva da Rede ILPF, Isabel Ferreira, ressaltou o engajamento dos parceiros nesse projeto e sua potencialidade.

O coordenador substituto da CATI, João Brunelli Júnior, frisou que não é um projeto de curto prazo. De acordo com ele, já existe um cadastro de propriedades interessadas em iniciar o trabalho com ILPF e o compromisso da CATI de acompanhar essas fazendas.

Entre os principais objetivos do projeto, além da ampliação da integração no estado, estão: reduzir os custos globais de produção na agropecuária, contribuir com a mitigação de gases de efeito estufa, melhorar a disponibilidade de alimentação animal na estação seca, recuperar pastagens degradadas e melhorar as condições do solo em áreas de lavoura.

Os mais de 100 técnicos participantes começaram o nivelamento teórico, com duração de três dias, na sequência virão as atualizações presenciais e o início da implantação dos sistemas ILPF nas propriedades com supervisão da Rede ILPF.

*(Fonte: LUPA-SAA)

Embrapa e Associação Rede ILPF fortalecem as cadeias sustentáveis do babaçu e da soja no Maranhão.

As ações fazem parte do Projeto Desenvolvimento Agrícola Sustentável, em parceria com a Cooperação Brasil-Alemanha por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, pelo Programa Cadeias Sustentáveis.

Entre os dias 15 e 19 de agosto, equipes de profissionais da Embrapa, Rede ILPF, parceiros e apoiadores do projeto capacitaram as mulheres quebradeiras de coco nas comunidades de Itapecuru-Mirim para testar novos coprodutos do babaçu, como o biscoito, gelado e hambúrguer.

“A iniciativa reflete atuação da Embrapa no Maranhão, conectada com as demandas do setor produtivo e articulada com as instituições de pesquisa presentes no estado, para inclusão produtiva e geração de riqueza com baixo impacto ambiental. Essas ações representam o fortalecimento da Rede de Pesquisa e Inovação Maranhense”, destaca o chefe-geral da Embrapa Cocais, Marco Bomfim.

O projeto aborda diversos aspectos da cadeia produtiva como a criação de novos produtos, geração de renda, melhoria das condições de trabalho das quebradeiras de coco.

Segundo Guilhermina Cayres, chefe de transferência de tecnologia, “o objetivo é ampliar e consolidar a rede babaçu como estratégia de conexão de ‘stakeholders’ e geração de produtos sociais sustentáveis, de valor agregado e com potencial para negócios com identidade sociocultural, a partir de uma espécie da sociobiodiversidade, que é o babaçu”.

Westphalen Nunes, representante da Agência GIZ no Brasil, destaca que a agenda para o babaçu vai percorrer a abordagem da cadeia de valor, gargalos, boas práticas, saúde e segurança para as quebradeiras de coco, novas parcerias e novos produtos, comercialização, entre outros temas. “Queremos colaborar para que o babaçu possa explorar suas potencialidades, gerando mais renda e qualidade de vida às quebradeiras, mais opções de produtos de qualidade para o mercado consumidor e mais riqueza com desenvolvimento sustentável para o Maranhão”.

Dia de campo

Em julho a Unidade de Referência Tecnológica (URT) de ILPF, que fica na Fazenda Barbosa em Brejo, no Maranhão, sediou o Dia de Campo: “A importância da ILPF com foco na pecuária no Leste Maranhense.” A atividade para estudantes, produtores rurais e empresas do setor de agronegócio, também fez parte das ações do Projeto Desenvolvimento Agrícola Sustentável.

Flávia Bessa (MTb 4469/DF)
Embrapa Cocais
Press inquiries
cocais.imprensa@embrapa.br
Phone number: (98)3878-2241

Equipe da Embrapa Agrossilvipastoril mostra tecnologias de baixo carbono a jornalistas europeus.

Seis jornalistas de veículos europeus estiveram na Embrapa Agrossilvipastoril na última quarta-feira para conhecerem as pesquisas realizadas com tecnologias de baixa emissão de carbono, sobretudo os sistemas integrados de produção agropecuária. O grupo também visitou duas fazendas na região de Sinop (MT), onde puderam ver a adoção de integração lavoura-pecuária (ILP) e da integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).

Os profissionais vieram a Brasil a convite da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil). Antes de irem a Sinop, eles participaram do Global Agribusiness Forum, onde assistiram a uma palestra do presidente da Embrapa Celso Moretti, que antecipou a eles algumas das informações que veriam in loco em Mato Grosso.

Na Embrapa Agrossilvipastoril o grupo foi recebido pela chefe-geral, Laurimar Vendrusculo, pelo chefe-ajunto de Transferência de Tecnologia, Flávio Wruck, e por pesquisadores e analistas de Transferência de Tecnologia. Eles conheceram o trabalho feito pela Unidade, viram as pesquisas sobre mensuração das emissões de gases de efeito estufa nos sistemas produtivos, visitaram dois dos maiores experimentos de ILPF do país, viram pesquisas sobre a recuperação de ecossistemas e ouviram sobre o uso de sistemas agroflorestais.

Os repórteres aproveitaram para tirar muitas dúvidas sobre as pesquisas e resultados obtidos, bem como as estratégias de transferência de tecnologia para possibilitar a adoção pelos produtores.

“A visita de profissionais da comunicação, principalmente do continente europeu, foi importante porque permitiu informar conceitos, vivenciar práticas e avaliar resultados que contribuem significativamente para melhorar a sustentabilidade e produtividade de sistemas agrícolas tropicais. A sensibilização destes profissionais permitirá dar escala ao excelente trabalho desenvolvido na Embrapa Agrossilvipastoril, apesar de todos os nossos desafios”, avaliou a chefe-geral da Embrapa Agrossilvipastoril, Laurimar Vendrusculo.

Fazendas com sistemas integrados

No dia seguinte os jornalistas visitaram duas fazendas indicadas pela equipe da Embrapa. Na Fazenda Santana, em Sorriso (MT), o proprietário Juliano Paiva contou a história da família, que se mudou de São Paulo para Mato Grosso na década de 1970. Ele apresentou a fazenda e levou o grupo até a área onde é feita a integração lavoura-pecuária. Parte da fazenda é usada em experimentos conduzidos pela Embrapa e UFMT em projeto sobre consórcios de segunda safra para ILP e para plantio direto. Cristina Delicato, representante do Clube Amigos da Terra de Sorriso, também falou sobre o projeto de soja responsável e a venda de créditos de carbono, ambos com participação da fazenda Santana.

No período da tarde a visita foi à Fazenda Esperança, no município de Santa Carmem (MT). Como o proprietário Invaldo Weiss estava viajando, o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia, Flávio Wruck, fez a apresentação da fazenda com apoio dos gerentes de pecuária e agricultura. Embora não seja uma URT, a fazenda Esperança é considerada um modelo pela adoção de boas práticas e pelo zelo do produtor.

No local o grupo pode ver a ILPF, a ILP, o reflorestamento e o confinamento para terminação do gado. O cuidado com o bem-estar animal foi um dos pontos que chamaram a atenção na propriedade, com a instalação de um curral anti-stress e com a arborização do entorno do confinamento.

Participaram da visita três jornalistas do Reino Unido: Oliver Morrison, editor de seção do site Food Navigator; Harry Holmes, editor de recursos na revista online The Grocer; e Robert Birkeet, repórter da Crop Science & Agribusiness; a jornalista espanhola Elena Nicolás, que é repórter do jornal online com sede na Bélgica EU Observer; Hélène Parisot, repórter da revista La France Agricole; e Silvia Richter, editora do jornal alemão Rural 21.

Gabriel Faria ((MTB 15.624 MG))
Embrapa Agrossilvipastoril
gabriel.faria@embrapa.br
Telefone: 66 3211-4227