Encontro em Avaré e Dia de Campo em Taquarituba dão arranque ao terceiro ano do Integra SP

Iniciativa, desenvolvida em parceria com a Secretaria de Agricultura por meio da CATI SP e da Embrapa Pecuária Sudeste, tem como principal proposta recuperar pastagens degradadas no estado por meio da implantação do Sistema ILPF

Foi dado o arranque, nesta terça-feira (8), em Avaré, ao terceiro ano do projeto Integra SP da Rede ILPF. A iniciativa, desenvolvida em parceria com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo por meio da CATI SP e da Embrapa Pecuária Sudeste, tem como principal proposta recuperar pastagens degradadas no estado por meio da implantação do Sistema de Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).

De acordo com a coordenadora de projetos da Rede ILPF, Andreza Cruz, o encontro, organizado pela regional da CATI na Associação Regional dos Engenheiros Arquitetos Agrônomos de Avaré, contou com a participação de 44 técnicos do órgão estadual de 15 regionais, 3 representantes da Embrapa e uma bolsista da Rede.

Neste primeiro momento, o objetivo, destaca Andreza, foi a validação das propriedades rurais participantes do projeto, que terão seus indicadores socioambientais e econômicos monitorados, bem como o alinhamento do cronograma de difusão tecnológica da iniciativa para mais produtores.

Além disso, houve também um Dia de Campo na Chácara Águas Claras, em Taquarituba, uma das propriedades monitoradas pelo Integra SP, atividade na qual foi possível demonstrar avanços na recuperação de pastagens. Em cerca de 3 hectares próprios, com mais 7 arrendados, o produtor rural conseguiu melhorar as condições do pasto, com o uso da rotação com a agricultura, utilizar melhor as áreas de sombra para bem-estar dos animais, obter mais alimento para o rebanho, em particular para o período seco de inverno e elevar a produção de leite por vaca.

O Dia de Campo contou com a presença de cerca de 90 pessoas, entre produtores, técnicos da CATI do Integra SP, pesquisadores da Embrapa Pecuária Sudeste e parceiros locais, como a Unimaq, concessionária John Deere da região.

 

Rede ILPF e Governo de Goiás assinam acordo para estímulo à expansão do Sistema de Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta no estado

“A integração lavoura-pecuária-floresta significa a emancipação do produtor. De que forma? Porque tem uma renda de curto prazo, que são as lavouras de cereais. Tem o gado no médio prazo e o componente florestal no longo prazo”, destaca o presidente-executivo da Rede ILPF, Francisco Matturro

A Associação Rede ILPF e a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) de Goiás assinaram, nesta terça-feira (1º), em Goiânia, o Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para o estímulo à expansão do Sistema de Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) no estado.

Com duração inicial prevista de dois anos, o convênio, já publicado no Diário Oficial do Estado em 8 de janeiro, tem como objetivo a identificação de áreas mais recomendadas à implantação do Sistema ILPF no estado, em particular pastagens degradadas, e o desenvolvimento de uma agenda de iniciativas de difusão de conhecimento e tecnologias, entre dias de campo, encontros técnicos, workshops etc. pautada nas oportunidades socioeconômicas e ambientais da adoção do Sistema ILPF para o agro local.

O arranque da ação, que ocorre sob o guarda-chuva do programa “Integra”, já desenvolvido com sucesso em São Paulo, será por meio da capacitação e qualificação dos profissionais da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater-GO) no Sistema ILPF. O cronograma deste ano prevê a realização de dez treinamentos, presenciais e online.

Para 2026, o foco passa a ser trabalhar a viabilização de projetos do Sistema ILPF junto aos produtores rurais – inclusive em propriedades de pequeno porte -, a partir do esforço de assistência técnica e extensão rural que serão desenvolvidos pelos técnicos da Emater-GO com os agricultores.

“A integração lavoura-pecuária-floresta significa a emancipação do produtor. De que forma? Porque tem uma renda de curto prazo, que são as lavouras de cereais. Tem o gado no médio prazo e o componente florestal no longo prazo”, ressalta o presidente-executivo da Rede ILPF, Francisco Matturro.

:: Sobre a ILPF

A ILPF é uma estratégia de produção que combina diferentes sistemas produtivos: agrícolas, pecuários e florestais em uma mesma área, seja em consórcio, sucessão ou em rotação de culturas, gerando benefícios para todas as atividades.

A prática intensifica de modo sustentável o uso da terra, protege e fertiliza o solo, promove a economia de insumos e consequente redução de custos, e simultaneamente eleva a produtividade em uma mesma área, diversificando produção e fontes de receita. Ao mesmo tempo, o Sistema é ambientalmente correto, com baixa emissão de gases de efeito estufa e permite o sequestro de carbono.

Culturas agrícolas como grãos [soja e milho] e produção de fibras [algodão] podem ser utilizadas na ILPF. A modalidade pecuária contempla, sobretudo a bovinocultura de corte ou leite e a parte florestal envolve a silvicultura, com destaque, por exemplo, para o plantio de eucaliptos. Diferentemente do senso comum, a ILPF pode ser adaptada para pequenas, médias e grandes propriedades, em todos os biomas brasileiros.

:: Rede ILPF

A Associação Rede ILPF é uma parceria público-privada formada pela Embrapa, a cooperativa Cocamar e as empresas Bradesco, John Deere, Minerva Foods, Soesp, Suzano, Syngenta e Timac Agro e tem como objetivo intensificar a sustentabilidade da agropecuária brasileira, por meio da adoção das tecnologias de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).

 

Rede ILPF realiza nesta quinta (27) Dia de Campo na Fazenda Santa Brígida

Localizada no município de Ipameri [GO], propriedade é referência e exemplo de sucesso na implantação do Sistema de Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF)

O mais conceituado encontro do agronegócio brasileiro destinado ao Sistema de Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) já tem data marcada para este ano. A edição 2025 do Dia de Campo da Fazenda Santa Brígida, localizada no município de Ipameri – sudeste de Goiás -, acontece na próxima quinta-feira (27).

Dedicado a produtores rurais, estudantes, técnicos, e demais agentes do agro interessados no tema, o evento, exclusivamente para convidados, tem expectativa de público de aproximadamente 300 pessoas. O Dia de Campo conta com apoio da Universidade Estadual de Goiás e da Prefeitura de Ipameri.

Considerada pela Associação Rede ILPF propriedade modelo no Sistema ILPF, a Fazenda Santa Brígida é uma unidade de referência da Embrapa há 17 anos. Em quatro mil hectares, produz de maneira integrada grãos [soja, milho, sorgo e girassol], bovinocultura de corte e floresta plantada de eucaliptos para obtenção de madeira. Sua proprietária, Marize Porto, assumiu a operação em 2006 em uma realidade bem diferente, marcada por pastagens degradadas e uma atividade pecuária de baixa produtividade.

Em pouco mais de quinze anos, a mudança foi total, com ganhos de rendimento na bovinocultura, por exemplo, onde a produção de carne saltou de 75 quilos por hectare para 942 kg/ha em 2023. Em grãos, a produtividades média da soja aumentou de 2,7 toneladas por hectare para cerca de 4,4 t/ha e no caso do milho subiu de 5,4 toneladas por hectare para 11 t/ha no mesmo intervalo.

“A integração lavoura-pecuária-floresta significa a emancipação do produtor. De que forma? Porque tem uma renda de curto prazo, que são as lavouras de cereais. Tem o gado no médio prazo e o componente florestal no longo prazo”, ressalta o presidente-executivo da Rede ILPF, Francisco Matturro.

:: Sobre a ILPF

A ILPF é uma estratégia de produção que combina diferentes sistemas produtivos: agrícolas, pecuários e florestais em uma mesma área, seja em consórcio, sucessão ou em rotação de culturas, gerando benefícios para todas as atividades.

A prática intensifica de modo sustentável o uso da terra, protege e fertiliza o solo, promove a economia de insumos e consequente redução de custos, e simultaneamente eleva a produtividade em uma mesma área, diversificando produção e fontes de receita. Ao mesmo tempo, o Sistema é ambientalmente correto, com baixa emissão de gases de efeito estufa e permite o sequestro de carbono.

Culturas agrícolas como grãos [soja e milho] e produção de fibras [algodão] podem ser utilizadas na ILPF. A modalidade pecuária contempla, sobretudo a bovinocultura de corte ou leite e a parte florestal envolve a silvicultura, com destaque, por exemplo, para o plantio de eucaliptos. Diferentemente do senso comum, a ILPF pode ser adaptada para pequenas, médias e grandes propriedades, em todos os biomas brasileiros.

:: Programação 

Das 8h às 8h30 – Credenciamento

  • 8h30 às 12h – Abertura e Visitação às Estações de Campo

Estação 1: Sistema Boi Safrinha e Evolução da Integração Lavoura-Pecuária (ILP) na Fazenda Santa Brígida – Palestrantes: Lourival Vilela (Embrapa Cerrados) e Roberto Freitas (Consultor)

Estação 2: Desempenho Animal em Pastejo Rotacionado e Sistema de ILP – Palestrante: William Marchió (Consultor)

Estação 3: Produção de bovinos em sistemas de ILPF: Roberto Guimarães e Karina Pulronik, Embrapa Cerrados

  • 12h às 14h – Almoço
  • 14h às 17h – Apresentação dos Princípios da ILPF aos alunos da Escola Municipal de Ipameri (Projeto de Olho no Material Escolar)
  • 17h – Encerramento

:: Rede ILPF

A Associação Rede ILPF é uma parceria público-privada formada pela Embrapa, a cooperativa Cocamar e as empresas Bradesco, John Deere, Minerva Foods, Soesp, Suzano, Syngenta e Timac Agro e tem como objetivo intensificar a sustentabilidade da agropecuária brasileira, por meio da adoção das tecnologias de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).

:: Serviço

Dia de Campo da Fazenda Santa Brígida
Data: 27 de março [quinta-feira]
Endereço: Rodovia Municipal Mata do Calixto, KM 10, Zona Rural – Ipameri (GO)

:: Inscrições, clique aqui.  

 

Dia de Campo comemora dez anos de implantação do Sistema ILPF na Fazenda Campina do Grupo Carlos Viacava

Segundo o presidente-executivo da Rede ILPF, Francisco Matturro, a implantação do sistema ILPF na fazenda Campina (SP) tem proporcionado o desenvolvimento simultâneo de lavouras e bovinocultura, assim como a produção de silagem para alimentação dos rebanhos nos períodos de seca

A Nelore Mocho CV abre as porteiras da Fazenda Campina, localizada no município de Caiuá (SP), para um dia de campo especial, que comemora os 10 anos da implantação de um sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) na propriedade. O evento, organizado pela Embrapa e pela Rede ILPF, acontece nesta quinta-feira (13) e terá como tema a importância do componente florestal em áreas de ILPF.

Voltado a produtores rurais, pesquisadores, técnicos e estudantes de Ciências Agrárias, a 10ª edição do Dia de Campo Nelore Mocho CV apresentará os resultados do uso do sistema agrossilvipastoril de ILPF com eucalipto na propriedade, além de trazer dados atualizados e informações importantes sobre a gestão da propriedade, com dicas valiosas para melhorar a produção através de planejamento e manejo corretos, sem necessidade de abertura de novas áreas.

Para Luiz Adriano Maia Cordeiro, da Embrapa Cerrados, a adoção anterior da Integração Lavoura-Pecuária (ILP) propiciou à Fazenda Campina uma evolução positiva e significativa, tanto da produtividade vegetal como da produtividade animal. “Além disso, aumentou a qualidade do solo arenoso, a diversificação do negócio, o faturamento e a viabilidade da atividade agropecuária na propriedade”, ressalta.

Com a adoção também de um sistema de ILPF, o pesquisador ressalta que “mais benefícios são observados, como por exemplo, o bem estar animal e conforto térmico, bem como a renda extra com a venda da madeira em um sistema integrado com grãos, silagem, pecuária e árvores na mesma área”.

Francisco Matturro, presidente-executivo da Rede ILPF, lembra que a Fazenda Campina está localizada em uma região desafiadora, predominantemente de solos arenosos, característica que marca o arenito Caiuá. “A implantação do sistema ILPF tem proporcionado o desenvolvimento simultâneo de lavouras e bovinocultura, assim como a produção de silagem para alimentação dos rebanhos nos períodos de seca, que são bem acentuados na região”, destaca.

O dia de campo destacará a importância da ILPF no sistema agrossilvipastoril estabelecido há uma década em uma área de 60 hectares, demonstrando a viabilidade e os benefícios desse sistema, os diversos arranjos (linhas simples, duplas, triplas e quádruplas) e diferentes genótipos de eucalipto.

:: Programação

Na palestra de abertura, o presidente do Conselho de Administração da Cocamar Luiz Lourenço falará sobre “A importância das parcerias para aumento da adoção de sistemas ILPF”. Na sequência, os participantes serão divididos em turmas para visitarem para visitarem três estações distribuídas em diferentes áreas da fazenda.

A Estação 1, comandada pela Soesp (Sementes Oeste Paulista) e a Timac Agro, abordará o tema “Cultivares forrageiras e recuperação de pastagens em sistema ILPF”.

Já na Estação 2, o tema será “Alternativas de mercado e produção de madeira em sistema ILPF”, apresentado por Suzano Papel e Celulose e Unoeste (Universidade do Oeste Paulista).

A Estação 3, sob responsabilidade da Embrapa Pecuária Sudeste e Embrapa Cerrados, tratará do tema “Bem-estar animal e conforto térmico em sistema ILPF”.

:: Da ILP para ILPF

O titular da Nelore Mocho CV, Carlos Viacava, explica que a Fazenda Campina alcançou um novo patamar, inicialmente, com a ILP e, posteriormente, com a ILPF, explorando agora o componente florestal. “Optamos pelo eucalipto, que cresce rápido, entre outras modalidades de árvores que podem produzir madeira nobre e de maior valor, porém mais lentas para acabamento”, destaca.

“Somos gratos aos nossos parceiros, que transformaram nossa pecuária em uma operação agrícola diversificada. Hoje, produzimos 70 mil sacas de soja, 16 mil toneladas de silagem, 20 mil sacas de milho e diversas outras culturas, como aveia, girassol, milheto e sorgo. E tudo isso sem comprometer nossa tradição na criação de Nelore Mocho PO, que mantemos desde 1986”, completa Viacava.

O Dia de Campo da Fazenda Campina conta com a parceria da Embrapa, Rede ILPF, Cocamar, John Deere, Unoeste, SOESP, Bradesco, Minerva Foods, Suzano, Syngenta e Timac Agro.

:: Publicação técnica sobre ILP

A equipe da Embrapa Cerrados publicou um documento intitulado “Integração Lavoura-Pecuária em Solos Arenosos: estudo de caso da Fazenda Campina no Oeste Paulista” com os principais resultados avaliados no período entre as safras 2013/2014 e 2017/2018.

Clique no link abaixo para acessar o documento:
https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1125366/integracao-lavoura-pecuaria-em-solos-arenosos-estudo-de-caso-da-fazenda-campina-no-oeste-paulista

Expodireto: Rede ILPF e Secretaria da Agricultura do RS assinam acordo de cooperação

Ato será na terça-feira (11), no estande da pasta na feira

A Associação Rede ILPF e a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) assinam, nesta terça-feira (11), às 10h, na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS), o Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para a implantação do Integra RS, programa dedicado ao fomento da expansão do Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) no estado. O ato será realizado no estande da Seapi na feira.

O presidente-executivo da Rede ILPF, Francisco Matturro; o secretário da Agricultura, Clair Kuhn; e o coordenador do Plano ABC+RS, Jackson Brilhante; estarão presentes no evento.

O convênio tem como objetivo identificar áreas estratégicas para a adoção do Sistema de Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta (Sistema ILPF), com ênfase na recuperação de pastagens degradadas, além de promover uma agenda de difusão de conhecimento e tecnologias relacionadas ao tema.

As ações previstas incluem dias de campo, encontros técnicos e workshops, destacando as oportunidades socioeconômicas e ambientais do sistema para o setor agropecuário gaúcho.

:: Serviço

O quê: Assinatura de Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre a Seapi e a Rede ILPF
Quando: Terça-feira (11), às 10h
Local: Estande da Seapi na Expodireto (em frente a Praça das Bandeiras, ao lado da loja oficial da Expodireto)

 

 

 

Nova forrageira é ideal para uso em sistemas de Integração-Lavoura-Pecuária

Cultivar da Embrapa apresenta maior habilidade competitiva durante o estabelecimento da pastagem

Uma nova cultivar de ervilhaca (Vicia sativa L.) agrega produtividade e sustentabilidade à pecuária de corte no País. Desenvolvida em parceria entre a Embrapa, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Associação Sul-brasileira para o Fomento de Pesquisa em Forrageira (Sulpasto), a URS BRS Presilha é uma cultivar forrageira com grande potencial para compor sistemas de integração Lavoura-Pecuária (ILP), tanto em pastejo, quanto na cobertura do solo. Isso porque a espécie é uma leguminosa anual de clima temperado, em contraponto à maioria dos trevos, cornichão e alfafa, que são perenes.

“Isso ajudou a posicionar a ervilhaca principalmente em áreas de integração Lavoura-Pecuária, onde até hoje os produtores relutam em investir em espécies forrageiras perenes pelo fato da rotação anual das pastagens com culturas agrícolas”, explica o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul Daniel Montardo, um dos responsáveis pelo desenvolvimento da cultivar.

Outra característica que potencializa o uso da espécie em sistemas integrados é o fato de possuir as maiores sementes entre as leguminosas forrageiras de clima temperado usadas no Sul do Brasil. Isso confere à espécie maior habilidade competitiva durante o estabelecimento da pastagem, bem como maior facilidade de implantação e distribuição das sementes, mesmo em sobressemeadura em áreas de pastagens perenes de verão, como tifton e bermudas em geral, e até mesmo sobre cultivares de menor porte de panicum e braquiária.

Daniel Montardo/Embrapa

“Ela se encaixa em diferentes sistemas de produção, como cobertura verde durante o inverno, em áreas de rotação de culturas. Ela também apresenta bom rendimento quando consorciada com pastagens cultivadas de inverno. Pode ainda ser introduzida no campo nativo para incrementar a produção durante o inverno e a primavera. A cultivar pode ser consorciada, introduzida ou sobressemeada em pastagens cultivadas de verão, por exemplo, sobre tifton. Isso significa que mostra bom desempenho em sistemas produtivos baseados em pastagens de verão e de inverno”, destaca o professor da UFRGS e um dos desenvolvedores da cultivar, Miguel Dall’Agnol.

:: Outras vantagens da URS BRS Presilha

Além de estratégica para os sistemas de ILP, a URS BRS Presilha apresenta elevada produção de forragem, boa sanidade, tolerância ao pastejo, boa capacidade de rebrote, e vigor inicial, o que lhe confere habilidade competitiva, além de adaptação a diferentes condições edafoclimáticas.

A nova cultivar de ervilhaca apresenta, ainda, bons teores de proteína e capacidade de fixar nitrogênio atmosférico no solo, a partir da simbiose com bactérias do gênero Rhizobium, sendo mais adaptada a solos bem drenados.

A habilidade competitiva da URS BRS Presilha também permite a sua utilização em consórcios com outras forrageiras de inverno, como aveia e azevém. Além disso, é um componente importante em mixes de cobertura, nos quais é capaz de incorporar nitrogênio e auxiliar na estruturação do solo por meio de um sistema radicular vigoroso e diversificado em relação às gramíneas.

Outras características importantes são a maior tolerância a déficits hídricos e a menor propensão a causar problemas de timpanismo (acúmulo de gases) nos animais, quando comparada a outras leguminosas forrageiras.

Claudio Lopes e Cesar Grinke, presidente e membro do Conselho de Administração da Sulpasto, respectivamente, reforçam a melhor produtividade da URS BRS Presilha e, além dos sistemas já citados, destacam a possibilidade de uso da cultivar na fruticultura, incorporando nitrogênio e protegendo o solo, com sua palhada resistente e lenta decomposição. Segundo Lopes, a parceria com a UFRGS e Embrapa contribui para a aceitação da nova forrageira pelo setor produtivo. “Nós, produtores de sementes, temos percebido que a Presilha é um material diferenciado. Há muito espaço para a ervilhaca no mercado e a nova cultivar garante mais qualidade e melhor desempenho no campo”, complementa Grinke.

:: Presilha e a sustentabilidade dos sistemas agropecuários

Aumentar o uso de leguminosas é fundamental para a sustentabilidade dos sistemas integrados de produção, compondo pastagens mais diversificadas, mixes de cobertura e sistemas de rotação de culturas. “A demanda por sementes de leguminosas como a ervilhaca, e, por consequência, a sua produção têm se mostrado crescentes nos últimos anos. No entanto, até o momento, ainda existem poucas cultivares de ervilhaca disponíveis no mercado. Nesse sentido, o lançamento de uma nova variedade contribui para atender uma necessidade real e muito importante dos produtores da região Sul do Brasil”, finaliza Montardo.

“Além do selo de qualidade da UFRGS e da Embrapa, a URS BRS Presilha é resultado da integração entre ciência e setor produtivo de sementes, representado pela Sulpasto”, finaliza Dall’Agnol.

:: Lançamento

A nova cultivar de ervilhaca será lançada durante a Expodireto Cotrijal 2025, que acontece de 10 a 14 de março, em Não-Me-Toque, RS. Realizada desde o ano 2000, é uma das maiores exposições agropecuárias do estado. A Embrapa participa todos os anos do evento, que recebe mais de 300 mil pessoas do Brasil e exterior, para conhecer as novas tecnologias do agronegócio mundial.

 

Sistema ILPF é destaque no seminário Lide Agronegócio

Presidente da Rede ILPF, Francisco Matturro, mencionou, em particular, o potencial dos sistemas integrados para o sequestro de carbono

O presidente da Rede ILPF, Francisco Matturro, destacou, nesta segunda-feira (24), no seminário Lide Agronegócio, o Sistema ILPF (Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta), em particular seu potencial para o sequestro de carbono.

O evento, que reuniu políticos, entre os quais o ex-presidente da República, Michel Temer; especialistas; e empresários; tratou da urgência da transição energética para os combustíveis sustentáveis e os desafios de financiamento para inovação no setor.

*Confira mais aqui.

Propriedades rurais que implantam Sistema ILPF estão mais bem preparadas para enfrentar ondas de calor

Clima seco e altas temperaturas impactam desenvolvimento e qualidade das lavouras, bem como bem-estar dos animais

O calor extremo tem causado impactos para a produtividade da agropecuária brasileira. E a tendência é que essas condições desfavoráveis para a atividade sejam cada vez mais comuns, impulsionadas pelo aquecimento global. Daí a importância de estratégias que ajudam a diminuir esses efeitos serem adotadas pelos produtores rurais.

Uma das propostas mais eficientes para enfrentar o calor no campo é a adoção do Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), destaca reportagem do “Pará Terra Boa”.

No Sistema ILPF, diferentes sistemas produtivos, como os de grãos, fibras, carne, leite e agroenergia, convivem em uma mesma área. A técnica pode ser implementada de diversas formas, como o cultivo consorciado, em sucessão ou em rotação, permitindo que as atividades agrícolas, pecuárias e florestais se beneficiem mutuamente. Por exemplo, as árvores podem fornecer sombra e proteção para o gado, enquanto as culturas agrícolas podem aproveitar os nutrientes presentes no solo após o pastejo.

*Confira a matéria completa aqui.

 

Sistema ILPF impulsiona uso de ferramentas digitais em propriedades em MS

Iniciativa é resultado de parceria entre a Embrapa e a Rede ILPF como forma de inclusão digital

Em dezembro, o plantio de mudas florestais marcou o início da implantação da integração de sistemas de produção em duas propriedades do assentamento Rio Feio, em Guia Lopes da Laguna/MS. A iniciativa é resultado de parceria entre a Embrapa e a Rede ILPF como forma de inclusão digital. O município é um dos dez Distritos Agrotecnológicos (DATs) distribuídos pelas cinco regiões do País em que ações de conectividade, capacitação, pesquisa e desenvolvimento são realizadas por equipes do Centro de Ciência para o Desenvolvimento em Agricultura Digital (Semear Digital), liderado pela Embrapa Agricultura Digital com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp)

“Ao invés de derrubar minhas árvores, resolvi plantar mais árvores”, contou Émerson Cheres da Silva, dono do Sítio Nossa Senhora Aparecida, selecionado para a ação. Animado com o retorno das pastagens seu Émerson planeja dobrar o número de cabeças de gado e “de casa, saber a hora de manejar o pasto”, diz em referência ao desejo de fazer uso de ferramentas digitais.

*Confira mais aqui.